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Armada Real Portuguesa: Torpedeiros da década de 1880

Torpedeiro "Nº1" (1881-1921)
Torpedeiro de aço que foi entregue em  9 de Julho de 1882  nos estaleiros ingleses Yarrow.
Torpedeiro Nº1 ex. Espadarte
Foi o primeiro torpedeiro que possuiu a nossa Marinha. A sua principal função seria a defesa do porto de Lisboa.  Primeiro considerado como lancha para lançamento de torpedos Whitehead para o que tinha dois tubos de lançamento. marcou o início da adopção do torpedo na Armada Portuguesa.  Em 1886 passou a chamar-se Torpedeiro n.º 1. sendo abatida em 28 de Março de 1915. Armou novamente no ano seguinte. A última notícia é de 1921.

Características técnicas
Deslocamento: 54 toneladas
Dimensões: 26,2 m comp.; 3,3 m boca; 1,5 m calado
Armamento: 1 canhão-revólver de 37 mm; 2 tubos lança-torpedos de 350 mm
Propulsão: 1 maq. compound de 450 h.p. - 2 veios = 19,7 nós
Guarnição: 15 marinheiros

Torpedeiros Classe "Nº2"
Os torpededeiros da classe foram construídos nos mesmos estaleiros da Yarrow e segundo um projeto semelhante ao do Espadarte, que já se encontrava ao serviço da Marinha Portuguesa, desde 1882.
Torpedeiro "Nº2" (1886-1923)
Os navios juntamente com o torpedeiro nº1 formaram uma flotilha de torpedeiros que tinha como, principal missão, a defesa marítima do Porto de Lisboa. Os navios serviram durante a Primeira Guerra Mundial, sendo substituídos, depois desta, pelos torpedeiros Classe "Ave".

Torpedeiro "Nº3" (1886-1923)

Características técnicas
Deslocamento: 92 toneladas
Dimensões: 22,37 m comp.; 6,10 m boca: 0,70 m calado
Armamento: 2 peças 37 mm; 2  tubos lança-torpedos de 350 mm
Propulsão: 1 máquina de 730 h.p. - 1 veio = 19 nós
Guarnição: 22 marinheiros

O "Real insulano" (1878-1932)

Real insulano, também designado por real fraco, é a designação dada às notas em uso nas Ilhas Adjacentes, isto é, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Consistia em notas especificamente emitidas para ali circularem ou nas suas equivalentes portuguesas com uma sobrecarga adequada.
10$000 Réis Insulana (Açores)
Primeira emissão: 28 de Fevereiro de 1878.
Ultima emissão:  15 de Julho de 1881.
Retirada da circulação: 29 de Março de 1896.

20$000 Réis Insulana (Açores)
Primeira emissão: 29 de Fevereiro de 1896
Ultima emissão:  08 de Março de 1900
Retirada da circulação: 12 de Março de 1906

Devido ao ágio, a nota insulana, apesar de manter a mesma denominação possuía um valor efetivo em 25% inferior à que circulava em Portugal. Desde finais do século XIX que se advogava a unificação da moeda como forma de facilitar as trocas comerciais e eliminar as efetivas barreiras à livre circulação fiduciária que isolavam os Açores.
50$000 Réis insulana (Açores)
Primeira emissão: 29 de Fevereiro de 1896
Ultima emissão:  08 de Março de 1900
Retirada da circulação: 12 de Março de 1906
10$000 Reis Insulana (Açores)
Primeira emissão: 20 de Janeiro de 1906.
Ultima emissão:  17 de Dezembro de 1915.
Retirada da circulação: 31 de Julho de 1931

5$000 Réis Insulana (Açores)
Primeira emissão: 12 de Março de 1906
Ultima emissão:  01 de Novembro de 1916
Retirada da circulação: 31 de Março de 1932

As notas insulanas eram em geral similares às suas congêneres portugueses sendo apenas distinguíveis delas pela aposição de uma sobrecarga adequada.
20$000 Réis Insulana (Açores)
Primeira emissão: 12 de Março de 1906
Ultima emissão:  15 de Fevereiro de 1928
Retirada da circulação: 31 de Março de 1932

50$000 Réis Insulana (Açores)
Primeira emissão: 12 de Março de 1906
Ultima emissão:  15 de Fevereiro de 1928
Retirada da circulação: 31 de Março de 1932

10$000 Réis Isulana (Açores)
Primeira emissão: 17 de Dezembro de 1915
Ultima emissão:  09 de Novembro de 1917
Retirada da circulação: 31 de Julho de 1931

2$500 Réis Insulana (Açores)
Primeira emissão: 01 de Abril de 1916
Ultima emissão:  15 de Fevereiro de 1928
Retirada da circulação: 31 de Março de 1932

10$000 Réis Insulana (Açores)
Primeira emissão: 07 de Novembro de 1918
Ultima emissão:  15 de Fevereiro de 1928
Retirada da circulação: 31 de Março de 1932

$500 Réis Insulana (Madeira)
O real insulano desapareceu:

na Madeira — com a extinção da moeda própria, ocorrida em finais do século XIX;
nos Açores — com reforma monetária de 1911 que, na sequência da implantação da República em Portugal, substituiu o real português pelo escudo português como unidade monetária. Neste arquipélago passou a circular o escudo insulano, moeda que se manteve até 1931.

Armada Real Portuguesa: Canhoneiras da década de 1880

Canhoneira "Rio Ave" (1880-1899)
Canhoneira de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 23 de Junho de 1880.
Canhoneira "Rio Ave"
Prestou serviço em S. Tomé, Angola, Ajuda, Cabo Verde e Guiné. Em 1899 desarmou, sendo abatida na mesma data.
Após o seu abate ao efectivo, serviu de navio farol na Guine.

Características técnicas
Deslocamento: 378 toneladas
Dimensões: 36,57 m comp.; 6,65 m boca; 3,20 m calado
Armamento: 1 peça de 101 mm; 4 peças de 76 mm
Propulsão: 3 mastros de velas; 1 maq. de baixa presão horizontal de 180 h.p.; 1 veio = 9 nós
Guarnição: 89 marinheiros

Canhoneiras Classe "Zaire"
Canhoneira "Zaire I" (1884-1916)
Canhoneira de ferro e madeira que foi construída em Inglaterra em 1884. Prestou serviço em Angola, Moçambique, Índia, Guiné e Macau.
Em 1916 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento.

Canhoneira "Liberal" (1884-1910)
Canhoneira de ferro e madeira, construída em Inglaterra em 1884. Prestou serviço em Angola, Ajuda, Moçambique, Índia, Macau e S. Tomé. Naufragou em 22 de junho de 1910, ao bater em algumas rochas no litoral de Angola. Na ocasião o navio transportava o Governador Geral de Angola, tenente-coronel Alves Roçadas e uma força militar que ia fazer a ocupação em regiões ocupadas pelos cuamatos e ds cuanhamas. O salvamento dos náufragos pelo feito pelo vapor Vilhena e do navio transporte África, que estavam no porto de Luanda. Não houve vítimas.

Características técnicas
Deslocamento: 558 toneladas
Dimensões: 42,56 m comp.; 7,75 m boca; 3,43 m calado
Armamento: 1 rodízio de 150 mm; 2 peças de 100 mm; 2 metralhadoras de 11 mm
Propulsão: 1 máquina compound de 500 I.H.P. - 1 veio = 13 nós
Guarnição: 111 marinheiros

Canhoneira "Açor" (1886-1933)
Canhoneira de ferro que foi construída em 1874, servindo como navio mercante até ser adquirida pela Armada em Portugal em 1886 para serviço de fiscalização aduaneira.
Canhoneira "Açor"
Cruzou na costa, Madeira e Açores por vários anos. Mais tarde foi reclassificada como caça-minas, e em 1923 foi transformada em navio- hidrográfico, sendo abatida ao efectivo em 1933. Em 1934 foi vendida por inútil.

Características técnicas
Deslocamento: 330 toneladas
Dimensões: 41,3 m comp.; 5,7 m boca; 2,7 m calado
Armamento: 1 peça de 3 libras
Propulsão: 1 máquina de 360 H.P. - 1 veio = 9 nós
Guarnição: 52 marinheiros

Canhoneiras Classe "Cacongo"
As canhoneiras de aço desta classe foram construídas em Birkenhead, na Inglaterra, e eram similares ao navio - hidrográfico "Salvador Correia" de 1895.
Canhoneira "Cacongo" (1886-1908)
Canhoneira que foi lançada à água em 19 de Junho de 1886 para o serviço de Angola. Fez parte da esquadrilha do Congo.
Em 1907 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento em Bolama, sendo mandada abater no ano seguinte.

Canhoneira "Massabi" (1886-1908)
Canhoneira que foi lançada à água em 3 de Julho de 1886. Fez parte da esquadrilha do Congo.
Em 1908 passou ao estado de completo desarmamento e abatida no mesmo ano.

Características técnicas
Deslocamento: 276 toneladas
Dimensões: 36,57 m comp.; 5,94 m boca; 2,31 m calado
Armamento: 3 peças de 76 mm; 1 de 3 pdr.
Propulsão: 1 máquina a vapor de 375 H.P. - 1 veio = 11 nós
Guarnição: 42 marinheiros

Canhoneira "Zambeze" (1888-1924)

Canhoneira "Zambeze"
Canhoneira de madeira construida no Arsenal de Lisboa que foi lançada à água em 30 de Setembro de 1886. Prestou serviço em Angola, Ajuda, S. Tomé, Cabo Verde e Guiné.
Em 1920 foi mandada passar ao estado de completo desarmamento e em 1924 foi vendida por inútil.

Características técnicas
Deslocamento: 641 toneladas
Dimensões: 44,52 m comp.; 8 m boca; 3,55 m calado
Armamento: 2 peças de 100 mm; 2 de 47 mm ; 2 de 37 mm; 1 metr. de 6,5 mm.
Propulsão: 1 máquina compound de 460  h. p. - 1 veio = 10 nós
Guarnição: 109 marinheiros

Canhoneira "Mac-Mahon" (1889-1894)
Canhoneira "Mac-Mahon"
Canhoneira de aço que foi construída em Inglaterra em 1889. Também aparece simplesmente como vapor "Mac-Mahon". Prestou serviço em Moçambique.
Em 1894 perdeu-se na barra do Limpopo.

Características técnicas
Deslocamento: 304 toneladas
Dimensões: 37,79 m comp.; 6,40 m boca; 2,23 m calado
Armamento: 1 peça
Propulsão: 2 máquinas de T.E. de 350 H.P. - 2 veios = 11 nós
Guarnição: 25 marinheiros

Canhoneira "Diu I" (1881-1907)
Canhoneira "Diu I"

Canhoneira de madeira que foi lançada à água em Lisboa em 27 de Agosto de 1889. Prestou serviço em Macau, Japão, Timor e Moçambique. Tomou parte na campanha contra o Gungunhana. Serviu na Índia.
Em 1913 foi dada por inútil.

Características técnicas
Deslocamento: 740 toneladas
Dimensões: 45,6 m comp.; 8,4 m boca; 3,38 m calado
Armamento: 2 peças de 105 mm; 2 de 65 mm; 2 de 47 mm; 1 de 35 mm; 1 metr. de 6,5 mm:
Propulsão: 1 máquina de T.E. de 700 H.P. - 1 veio = 11,5 nós
Guarnição: 110 marinheiros

BNU: Emissão "Simples" para as Colónias Portuguesas em Africa (1891-1910)

20$000 Réis (1891) Pagável na colónia de São Tome

5$000 Réis (1896) Pagável na colónia de Angola
20$000 Réis (1897) Pagável na colónia de São Tome
1$000 Réis (1897-1913) Pagável na colónia de Cabo Verde

2$500 Réis (1897-1913) Pagável na colónia de Cabo Verde

5$000 Réis (1897-1913) Pagável na colónia de Cabo Verde
2$500 Réis (1897-1912) Pagável na colónia de Moçambique

1$000 Réis (1906-...) Pagável na colónia de Moçambique

Depois da abertura das Agências nas ex-colónias de África e do Oriente, o BNU deu inicio, a partir de 1917, à segunda fase da sua expansão, com a implementação de uma rede de Agências no Continente, Madeira e Açores, tendo constituído uma das maiores redes bancárias portuguesas.