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Ao largo dos Ilhéus das Formigas

Os ilhéus encontram-se 37 quilómetros a nordeste da ilha de Santa Maria e a 63 quilómetros sudeste da ilha de São Miguel. A sua disposição forma um alinhamento Norte-Sul com um comprimento total de 165 metros e uma largura de cerca de 80 metros. A sua área emersa é de cerca de 0,9 hectares, distribuídos por oito rochedos muito baixos, o mais elevado dos quais, o Formigão, elevando-se a apenas 11 metros acima do nível do mar, pelo que são naturalmente desabitados.


As águas circundantes são de grande importância ecológica devido à diversidade de vida marinha que albergam e ao fato de constituírem local de reprodução e alimentação para muitas espécies incluindo tubarões, tartarugas e vários cetáceos.




Gaspar Frutuoso assim os descreveu:

"Pelas informações e notícia que o Infante D. Henrique tinha destas ilhas dos Açores, (…), ou porque Deus lho inspirava para bem destes reinos, no ano do Senhor de mil e quatrocentos e trinta e um, reinando em Portugal El-Rei D. João, de Boa Memória, décimo em número e primeiro do nome, tendo o dito Infante em sua casa um nobre fidalgo e esforçado cavaleiro, chamado Frei Gonçalo Velho das Pias, comendador do castelo de Almourol, que está sobre o Rio Tejo, arriba da vila de Tancos, de quem, por sua virtude, grande esforço e prudência, tinha muita confiança, o mandou descobrir destas ilhas dos Açores a ilha de Santa Maria, (…); o qual, aparelhando o navio com as coisas necessárias para sua viagem, partiu no dito ano da vila de Sagres e, navegando com próspero vento para o Ocidente, depois de passados alguns dias de navegação, teve vista de uns penedos que estão sobre o mar e se vêem da ilha de Santa Maria, e de uns marulhos que fazem outros que estão ali perto, debaixo do mar, chamados agora todos Formigas, nome imposto por ele, ou por serem pequenos como formigas, em comparação das ilhas, ou porque ferve ali o mar, como as formigas fervem na obra que fazem; de qualquer maneira que seja, estas Formigas são uns baixos perigosos de rocha e penedia, que estão em trinta e sete graus e meio de altura da parte do Norte setentrional, pouco levantados sobre o mar. (…)



Cidade de Borba

Passos do Senhor

Igreja de Nossa Senhora das Neves
Fonte das Bicas
Edificada em 1781, pela Câmara Municipal (protectora dos interesses da população no que diz respeito ao abastecimento da água), esta fonte (um dos símbolos da vila de Borba), é Monumento Nacional desde 1910.

Lago da Fonte das Bicas
Castelo Medieval de Borba
No contexto da Reconquista cristã da península, a povoação foi tomada por D. Afonso II (1211-1223) aos mouros em 1217. Para o seu povoamento e defesa, o soberano doou estes domínio à Ordem de São Bento de Avis, determinando a construção do castelo.

Compreendida no território lindeiro disputado com Castela, sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), Borba passou definitivamente para a posse de Portugal em virtude da assinatura do Tratado de Alcanises (1297). Devido à sua importância estratégica, este soberano concedeu-lhe foral (1302), época em que lhe ordenou o reforço das defesas.

No século XVI, D. Manuel I (1495-1521) confirmou-lhe o foral.
Porta de Estremoz
À época da Guerra da Restauração da independência portuguesa, readquiriu importância estratégica sobre a fronteira, tendo-se travado, nas suas imediações a batalha de Montes Claros (1665), com a vitória para as armas de Portugal.
Cubelo do Castelo
Como se registou com outras estruturas defensivas em Portugal, a expansão da malha urbana a partir do século XIX acarretou a integração dos muros medievais no casario. Em meados do século XX o castelo foi classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 18 de Julho de 1957. Chegaram até aos nossos dias alguns troços da muralha, duas portas (as chamadas Porta do Celeiro e a Porta de Estremoz) e a Torre de Menagem. No sector sul, uma placa epigráfica de pedra confirma a iniciativa de D. Dinis e a direcção da obra.

O castelo apresenta planta quadrangular, erguido segundo a traça de Domingos Salvador e de Rodrigo Fernandes.Como as demais fortificações na região, caracteriza-se pelas espessas muralhas em alvenaria de pedra, coroadas por merlões em estilo gótico. O seu topo é percorrido, em toda a extensão, por um adarve. O portão de entrada é defendido por dois cubelos de planta semi-circular. Pelo exterior, originalmente, existia um fosso pouco profundo.


Igreja da Misericórdia
Padrão de Montes Claros (Rio de Moinhos)

Castelo de Vila Viçosa

O Castelo de Vila Viçosa, no Alentejo, localiza-se na freguesia da Conceição, na povoação e concelho de Vila Viçosa. Em posição dominante sobre a vila, nas proximidades da vertente nordeste da serra de Ossa, ergue-se sobre uma colina defendida naturalmente pela ribeira de Ficalho e pela ribeira do Carrascal, afluentes menores do rio Guadiana.


Pelourinho 
Embora não se possa afirmar se uma primitiva povoação foi abandonada e reocupada, ou se o seu povoamento cristão foi tardio, é certo que Vila Viçosa recebeu de D. Afonso III (1248-1279) a sua Carta de Foral, passada em 5 de Junho de 1270. Datará, dessa época, o início da construção de seu castelo, a que seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), dará um efetivo impulso, terminando a sua edificação e fazendo erguer a cerca da vila.


Porta de Évora
No reinado de D.Fernando I (1367-1383), a exemplo do que se fez em diversos castelos do reino, foram feitos importantes melhoramentos na fortificação de Vila Viçosa.

Igreja da Conceição
O castelo medieval apresenta planta quadrada, com muralhas de cerca de sessenta metros de lado, reforçadas, nos ângulos Oeste e Leste, por grandes torreões de planta circular. A sua face Noroeste e parte da Nordeste eram comuns à cerca da vila. Em seu interior ergueu-se a igreja matriz, sede da primeira paróquia da vila, e que hoje é o importante Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, proclamada padroeira de Portugal em 1646.


Alcáçova do Castelo



Porta de Olivença
A Torre de Menagem só foi erguida sob o reinado de D. Fernando, afastada do castelo, em face de uma porta rasgada a meio do troço Sudoeste da cerca da vila, à qual se ligava por um passadiço.

Porta de Estremoz
Delimitando uma área de cerca de três hectares, a cerca da vila, de planta pentagonal irregular, é rasgada por diversas portas, entre as quais a chamada Porta de Évora, a Porta de Estremoz e a Porta de Olivença.

Badajoz

Baptizada pelos seus fundadores muçulmanos Batalyaws (em árabe: ﺑﻂﻠﻴﻮﺱ), a sua designação em português vernáculo era Badalhouce até ao período da dinastia filipina, um termo que persiste ainda hoje em galego.
Zona Norte da Cidade
Puente de Palmas
Plaza Alta
A praça mais emblemática de Badajoz é a Plaza Alta. Fica ao lado da Torre de Espantaperros, da La Galera e da Alcazaba. É uma grande praça retangular rodeada por arcadas, cujos edifícios estão totalmente decorados com pinturas ao estilo mudéjar, com padrões e cores diferentes. É impressionante! Além disso, os bares montam seus terraços na praça, por isso é um lugar ideal para beber.
Plaza Alta
A Plaza Alta está conectada à Plaza de San José através do Arco del Peso de Colodrazgo. Em San José encontramos a Puerta del Capitel (acesso à Alcazaba), as Casas Mudéjares (museu) e o Convento das Adoradoras.Ambos Os locais foram, em seu tempo, o centro de Badajoz, e onde as feiras são realizadas semanalmente.
Fuerte de San Cristobal
Badajoz sempre foi uma cidade com forte caráter defensivo, e isso explica, entre muitas outras coisas sobre sua história e arquitetura, a existência do Forte de San Cristóbal. Concretamente, este forte foi a primeira fortificação moderna de tipo militar que esta cidade da Estremadura teve , e foi construído em meados do século XVII face ao perigo das tropas portuguesas durante a Guerra da Restauração.
Catedral de San Juan Bautista 
É um edifício gótico situado na Praça de Espanha, construído a partir de meados do século XIII e consagrada na década de 1270, apesar das obras terem prosseguido até ao século XV.117 Passou por extensas renovações entre os séculos XVI e XVIII.
Puerta Palmas
A Porta de Palmas é uma entrada monumental construída em 1551. Tem duas torres cilíndricas que flanqueiam a porta, fortificadas com ameias e ornamentadas com cordas decorativas nos níveis inferior e do topo. O príncipe Filipe II e o seu pai, o imperador Carlos V, e a data da construção da torre são mencionados no lado exterior de uma das torres. Está virada para oriente, tem um arco duplo e é decorada com medalhões com o escudo de Carlos V. Foi usada como prisão e sofreu diversas renovações.

Alcáçova Arabe de Badajoz

A Alcáçova de Badajoz é uma cidadela situada no centro histórico da cidade de Badajoz. Em posição dominante no alto do Cerro de la Muela, envolvia a povoação da época muçulmana.
Vista da parte da muralha com a estátua de ibn Maruán
A Alcacova de Badajoz é resultado de sucessivas performances, que ao longo do tempo foram realizadas em questões defensivas, do recinto primitivo fortificado da cidade. O alcazaba original erguido por Ibn Marwan em 875 era menor do que a construção que chegou até hoje. Foi possivelmente expandido no período Aftasi e posteriormente reforçado durante as dominaçãos almorávide e almohade.
Torre de Espantaperros
Ibn Marwan queria construir sua cidade no Cerro de la Orinaza, do outro lado da Guadiana, onde o Forte de San Cristobal foi mais tarde construído. Mas as autoridades de Córdoba não permitiram, pois essa posição era melhor defendida do sul. 
Torre de Santa María
A nova fortaleza tinha uma localização estratégica privilegiada dando a Badajoz uma importância vital no controle da fronteira entre Al-Andalus e os reinos cristãos. Permaneceu ao longo de vários séculos, desde a era Canftasí até as invasões de almohads e almorávidas, sempre sendo o protagonista nas lutas permanentes com Leão, Castela e Portugal. 

Torre de los Ahorcados
Após a reconquista, ele cumpriu seu papel como a chave para o território nas lutas incansáveis que os dois reinos peninsular tiveram e especialmente no curso dos múltiplos eventos de guerra da Guerra da Independência.
Avenida Entrepuentes
Ruinas de las Ermitas de la Consolación y del Rosario de Badajoz
Puerta de Yelves
Palácio de los Condes de la Roca
Puerta del Capitel
Iglesia Santa Madre Sacramento
Situado na parte velha da cidade de Badajoz junto à belíssima Praça Alta.

Vila Viçosa, a Princesa do Alentejo

Vila Viçosa foi ocupada sucessivamente pelos romanos e muçulmanos. É conquistada para o reino de Portugal em 1217, durante o reinado de D. Afonso II. Em 1270 recebe foral de D. Afonso III, vendo o seu nome mudado de Vale Viçoso para Vila Viçosa. O foral é bastante idêntico ao de Monsaraz, Estremoz e Santarém, atribuindo grandes regalias a Vila Viçosa.
Igreja de São Bartolomeu
A Igreja de São Bartolomeu de Vila Viçosa foi fundada em 1636, como igreja do Colégio Jesuíta de S. João Evangelista, activo já desde a segunda metade do século XVI.
Cruzeiro da serpente e igreja da lapa
Igreja setecentista (1756) de fachada barroca “exemplar de linhas originais, airosas e admiravelmente recortado no pórtico e nas torres, de cúpulas bolbosas.
Mosteiro de Santo Agostinho
Fundado no reinado de D. Afonso III, o Mosteiro de Santo Agostinho, pertencente à Ordem dos Eremitas Calçados, foi a primeira casa de religiosos a ser instituída em Vila Viçosa. A sua edificação iniciou-se em 1267, e o templo monacal foi dedicado a Nossa Senhora da Graça (ESPANCA, Túlio, 1978).
Paço Ducal de Vila Viçosa
Em 1502 com o início da construção do Paço Ducal de Vila Viçosa, Vila Viçosa tornou-se a sede do Ducado de Bragança. Em 1512, Vila Viçosa recebe o foral de D. Manuel I.
Estátua  D. Jaime, IV Duque de Bragança
Em posição dominante sobre a vila, nas proximidades da vertente nordeste da serra de Ossa, ergue-se sobre uma colina defendida naturalmente pela ribeira de Ficalho e pela ribeira do Carrascal, afluentes menores do rio Guadiana, o castelo medieval.
Convento das Chagas
É monumento nacional. Fundado pelo IV Duque de Bragança, D. Jaime, em 1514, foi concluído em 1532 e posteriormente entregue à Ordem de Santa Clara.
Bencatel
Entre as várias personalidades naturais de Vila Viçosa, destaca-se a poetisa Florbela Espanca, precursora do movimento feminista em Portugal, e autora de fabulosas obras de arte, conseguindo levar a glória da Vila mais além.

Barrancos

O território onde actualmente se situa a vila de Barrancos foi conquistado aos Mouros em 1167, por Gonçalo Mendes da Maia, o Lidador, e o repovoamento da área foi ordenado por D. Sancho I em 1200.
Vila de Barrancos
A sede de concelho situava-se então na vila de Noudar, que só seria definitivamente incorporada no Reino de Portugal em 1295, ano em que lhe foi concedido foral por D. Dinis. A vila de Noudar foi extinta em 1825, iniciando-se então um lento processo de despovoamento, o que implicaria a transição da sede municipal para Barrancos.
Ponte sobre o Rio Murtega
O Castelo de Noudar, no Alentejo, localiza-se na antiga vila de mesmo nome, freguesia e concelho de Barrancos, distrito de Beja, em Portugal.


À época da Reconquista cristã da península Ibérica, nomeadamente desde 1167, a região foi conquistada pelas forças comandadas por Gonçalo Mendes da Maia, "o Lidador". Posteriormente, em 1253, a povoação recebeu foral do rei Afonso X de Castela, juntamente com outras localidades da margem esquerda do rio Guadiana, entre as quais Moura e Serpa, integrando o dote de sua filha, D. Brites, aquando do seu casamento com D. Afonso III nesse mesmo ano.


A povoação passaria definitivamente para a Coroa portuguesa pelo Tratado da Guarda (1295), que estabelecia a paz entre D. Dinis (1279-1325) e Fernando IV de Castela. Em Dezembro desse mesmo ano, o soberano passou nova Carta de Foral à vila, cujos domínios foram doados posteriormente em 1303, à Ordem de Avis, com a condição de reconstruir o castelo, obras que ficariam concluídas em 1308, conforme duas inscrições epigráficas:
A primeira, datada de 1 de Abril de 1308, actualmente de paradeiro incerto, regista a actuação do Mestre de Avis, D. Lourenço Afonso, na fundação do castelo e no povoamento da vila;
A segunda, com bastantes dúvidas se terá sido redigida nesse mesmo ano, noticia a ação do comendador Aires Afonso na edificação da torre de menagem.


À época de D. Manuel I (1495-1521), encontra-se figurada por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509), onde se registra a existência de barbacãs circundando o castelo, ou seja, uma estrutura característica da arquitectura militar do século XV. A vila viria a receber do soberano, neste mesmo período, o seu Foral Novo (1513).

Muralhas de Noudar
Da Guerra da Restauração da independência aos nossos dias
Sem que tivesse recebido obras de modernização, a povoação e seu antigo castelo estiveram na posse de tropas espanholas desde a Guerra da Restauração da independência portuguesa (1644), até à Guerra de Sucessão da Espanha (1707).
O Castelo de Noudar e seu distrito seriam restituídos a Portugal (juntamente com a Colónia do Sacramento, na América do Sul) pelo Artigo V do segundo Tratado de Utrecht em 6 de Fevereiro de 1715.


A vila de Noudar, seria extinta em 1825, iniciando-se então um lento processo de despovoamento, o que implicaria a mudança da sede municipal para Barrancos. No final do século, a edificação do castelo foi arrematada em hasta pública por um particular, João Barroso Domingues, importante proprietário de Barrancos, em 1893.
As suas ruínas encontram-se classificadas como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.

Igreja da Nossa Senhora do Desterro
A intervenção do poder público fez-se sentir na década de 1980 por trabalhos de prospecção arqueológica sob a direcção de Cláudio Torres, quando se procedeu à reconstrução da Igreja e de duas edificações, empregando-se as técnicas primitivas de construção, tendo sido apenas em 1997 que a autarquia conseguiria adquirir o monumento, desenvolvendo-se a partir de então, um novo projecto de investigação arqueológica que revelou testemunhos da presença islâmica no local.
Rio Ardila
Características
O castelo apresenta uma planta hexagonal, de eixo longitudinal noroeste-sudeste, onde se definem dois espaços: o da alcáçova e o da cerca da vila.
O primeiro é dominado pela torre de menagem, de planta quadrangular, com cerca de 18 metros de altura, coroada por ameias, defendendo a entrada do recinto. Possui duas portas de acesso a pavimentos distintos e, em seu interior, no segundo pavimento acessível através de uma escadaria de pedra, abre-se uma cisterna. De acordo com a iconografia de Duarte de Armas (c. 1509), o seu interior era abobadado e provido de mais um aposento superior. Ainda na Alcáçova, junto à torre de menagem, uma segunda cisterna, esta quatrocentista, apresenta arcos sustentando a abóbada.

A cerca amuralhada é reforçada por uma dezena de torres e cubelos adossados, o principal dos quais protegendo a Porta da Vila. Em seu interior destacam-se a Igreja da Nossa Senhora do Desterro, reconstruída na década de 1980 e a Casa do Governador.
Lembrando antigas técnicas construtivas levantam-se, circundando o castelo, uma série de construções, de planta circular, muros em aparelho de pedra solta e cobertura de falsa cúpula, ligadas à pastorícia.





Ver Barrancos: http://osrikinhus.blogspot.com/2014/06/barrancos.html