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Patrulhas Classe "Bir Anzarane" (Marrocos)

O Bir Anzarane (341) é um navio de patrulha da Marinha Real Marroquina do tipo OPV70 1 , projectado pela Raidco Marine e construído para os padrões civis no estaleiro Leroux Naval (STX Lorient) da Lorient ( STX França ).

Patrulha Bir Anzarane (Marrocos)
Características
Tipo: Navio-Patrulha
Deslocamento: 800 toneladas
Dimensões: 70 m comp.; 11 m boca; 3,25 m calado
Propulsão: 2 motores diesel Wärstilä  2 hélices (com passo variável) = 22 nós
Armamento: 1 × OTO Melara de 76 mm; 1 × Bofors 40mm gun
Guarnição: 64 marinheiros

Lisboa (Freguesia São Vicente)

Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen
Situado na Colina de Santo André, frente ao Jardim Augusto Gil, o Convento da Graça forma um pequeno recanto disposto para toda a cidade, onde cresce uma fila de pinheiros debruçada para a paisagem. Aqui somos vizinhos do Castelo de São Jorge destacado no topo da Colina do Castelo, imediatamente à esquerda. Avista-se também parte da Ponte 25 de Abril, lá ao fundo.
Igreja de São Vicente de Fora
Panteão Nacional
O Panteão Nacional, situado na zona histórica de Santa Clara, ocupa o edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, acolhendo os túmulos de grandes vultos da história portuguesa.

Estação Santa Apolónia
A Estação de Santa Apolónia é uma das mais antigas estações de comboio em Portugal, tendo sido inaugurada em 1865 num edifício onde antes existia um convento.

BNU: As "Ritas contra Chamiços" Angola (1921-1929)

Duas emissões de papel-moeda lançados entre os anos de 1921 e 1926, em Angola, um período entre guerras de grandes dificuldades económicas e caos financeiro.
Emissão Chamiço 1$00 Escudo (Banco Nacional Ultramarino)
Os anos entre 1921 e 1926, em Angola, foram um período entre guerras de grandes dificuldades económicas e caos financeiro. Tal condicionou as alterações monetárias que levaram à perda da função emissora do Banco Nacional Ultramarino nesse território e à criação do Banco de Angola, como novo agente emissor e exclusivo para essa então colónia portuguesa.
Emissão Chamiço 2$50 Escudos (Banco Nacional Ultramarino)
O General José Norton de Mattos foi Alto Comissário de Angola entre 1921 e 1923. Durante o seu cargo, foi sua pretensão implementar moeda privativa para Angola e retirar o exclusivo da emissão de papel-moeda ao BNU. Para tal, recorreu a legislação outorgada pelo próprio, e publicada pelo Ministério das Colónias, que permitiu que, no primeiro ano do seu mandato, o Governo colonial pudesse emitir cédulas e determinou que as do BNU, que estavam em circulação, fossem retiradas até dezembro de 1922. As ‘Cédulas do Alto Comissário de 1921’, no valor facial de 50 Centavos, tiveram um montante elevado de emissão: 60.000 cédulas. Os seus lucros e prejuízos eram revertidos e suportados pelo Estado. Ao mesmo tempo, em 23 de julho de 1922, o Alto Comissário renegociou o contrato celebrado com o BNU de modo a obrigar este último a substituir as notas em curso por uma nova emissão privativa para Angola.
Emissão Alto Comissario $50 Centavos (Governo Provincial)
Estas medidas foram tomadas porque, no entender do Governo colonial na altura, a carência de meios de troca sentida e que afetava o comércio local, devia-se ao insuficiente lançamento de papel-moeda por parte do BNU. No entanto, num relatório do Governador do BNU (João Henrique Ulrich), aos acionistas, em 1924, constata-se que o stock de notas tinha reservas, e por isso, não seria justificação para a escassez de numerário. Este dever-se-ía antes aos créditos, a que se recorria e que se concediam desregradamente. A problemática dos créditos, exercida pelo BNU no período 1922-24, decorria do facto de aqueles serem concedidos na forma de descontos e contas correntes para uma população e classe empresarial que, apesar de rica, ao nível das transações comerciais, tinha falta de capitais próprios.
Emissão Chamiço 5$00 Escudos (Banco Nacional Ultramarino)
Por esse motivo, a concessão de créditos e o numerário circulante criaram a insegurança nos imensos gastos da população, assentes em créditos pouco sustentáveis. Por conseguinte, o BNU, à data do referido relatório, começou a refrear a autorização de créditos. No entanto, antes disso, durante a segunda metade de 1922, o BNU lançou a ‘Emissão Chamiço’, com o objetivo de aumentar a circulação fiduciária. 
Emissão Chamiço 10$00 Escudos (Banco Nacional Ultramarino)
Nesta emissão, que circulou também em outras ex-colónias africanas, a chapa de gravação estava desenhada de tal forma, que o campo relativo à filial, podia ser carimbado posteriormente à impressão com o nome da respetiva ex-colónia. Obteve o seu nome por ter nela representada a efígie de Francisco de Oliveira Chamiço, fundador e primeiro governador do BNU. Para além disso, apresentava pela primeira vez, o novo selo com o nome do banco e o lema “Colónias, Commercio, Agricultura” a envolver a imagem de um vapor. 
Emissão Chamiço 20$00 Escudos (Banco Nacional Ultramarino)
O desenho das notas era igual para todos os valores faciais (100, 50, 20, 10, 5, 2 Escudos e 50 Centavos e 1 Escudo), apenas com diferenças nas dimensões. Foram notas que tiveram uma boa aceitação por parte da população, sendo inclusive apelidadas de “chamiços”. O Alto Comissário de Angola, com base em relatórios de ausência de trocos em vários distritos, autorizou segunda emissão de cédulas de 50 Centavos no início de 1923 e simultânea recolha das que estavam em curso, por forma a custear o lançamento da nova emissão. Estas cédulas foram produzidas pela Waterlow & Sons Ltd.. Contrariamente, a ‘Emissão Chamiço’ foi gravada na concorrente inglesa da Bradbury, Wilkinson & Co. Ltd. e na Thomas de la Rue & Co. Ltd. – esta última somente para os valores de 2 Escudos e 50 Centavos. 
Emissão Alto Comissario $50 Centavos (Governo Provincial)
A qualidade de impressão das ‘Cédulas do Alto Comissário de 1923’ e do seu desenho, apresentavam um resultado final mais definido, enquanto introduz no papel-moeda para Angola a temática do relacionamento inter-racial com a representação de autóctones (temática que foi mais tarde recuperada nas notas do Banco de Angola). Convencionou-se chamar “ritas” a estas cédulas uma vez que era voz corrente que a figura que representava a República, na Frente da cédula, era a filha do General Norton de Mattos, de seu nome precisamente Rita. Tal como na primeira emissão de cédulas, repetem-se aqui os motivos do Classicismo, com as colunas e a República sentada a segurar uma láurea, bem como as sugestões ao comércio marítimo através da representação de uma doca. O Verso apresenta uma pintura com o episódio da chegada de Diogo Cão a Angola, como referência à história da sua colonização. A entrada em circulação destas duas Emissões – “chamiços” e “ritas” – e o aumento dos seus volumes de circulação, inundaram o mercado de papel-moeda. Apesar disso, numa portaria de 1 de agosto de 1923, os limites foram novamente aumentados.
Emissão Chamiço 50$00 Escudos (Banco Nacional Ultramarino)
Este cenário, em conjunto com o descontrolo ao nível dos créditos, conduziu ao aumento da inflação e, consequentemente, ao custo de vida em Angola, para condições insustentáveis nos finais de 1923. O volume de numerário em circulação era agravado com a predominância das cédulas “ritas”, o que implicava a morosidade nas trocas comerciais e aumentava os riscos de erros nas contagens. Para debilitar ainda mais a situação, os “chamiços” tornavam-se cada vez mais raros, sendo retidos pelos particulares, dando origem ao que, nessa altura, se apelidou de «uma luta entre notas» em que as “ritas”, em maior número, derrotaram os “chamiços” no «campo de batalha» (Pedro Muralha, in Terras de África: S. Tomé e Angola, 1924). Permaneciam assim, as primeiras, que eram consideradas por muitos habitantes e referidas nos jornais da época, como «uma praga de ritas». As cédulas “ritas” foram concebidas para facilitar os pequenos trocos, mas estavam a ser utilizadas para pagar a grande maioria das transações. Foram inclusive, adaptadas num expediente pela população, que consistia em empilhá-las em blocos lacrados e rubricados com o seu valor total – chamavam a estes blocos de “tijolos”.
Emissão Chamiço 100$00 Escudos (Banco Nacional Ultramarino)
Esta descrição antropomórfica que Pedro Muralha faz dos dois meios de troca em Angola era paradigmática de uma posição do Governo colonial que, tentando resolver as dificuldades financeiras da ex-colónia, pretendia também retirar o valor das emissões do BNU, para substituir o seu privilégio por um banco emissor privativo em Angola. Com o agudizar das dificuldades económicas e monetárias, em 1926, o Alto Comissário tomou a decisão de aplicar a reforma monetária em Angola, criando a Junta da Moeda e o novo banco emissor independente, o Banco de Angola. Marcou-se com esta reforma o fim da presença do BNU em Angola, onde este emitiu papel-moeda, pela primeira vez, em 1865.

Banco de Portugal: Notas Emitidas na década 1920

10$00 Escudos Ch. 1 Afonso de Albuquerque
Primeira emissão:30-07-1920
Última emissão: 24-12-1926
Retirada de circulação: 24-06-1929
100$00 Escudos Ch. 2 Diogo do Couto
Primeira emissão:29-09-1920
Última emissão: 30-08-1928
Retirada de circulação: 31-12-1933
1000$00 Escudos Ch. A. Duque da Terceira
Primeira emissão:22-11-1920
Última emissão: 20-02-1923
Retirada de circulação: 20-02-1926
2$50 Escudos Ch. 1 D. Nuno Álvares Pereira
Primeira emissão:22-12-1920
Última emissão: 24-08-1923
Retirada de circulação: 24-06-1929
5$00 Escudos Ch. 2 João das Regras
Primeira emissão:10-05-1921
Última emissão: 01-09-1927
Retirada de circulação: 07-04-1931
10$00 Escudos Ch. 2 Marquês Sá da Bandeira

Primeira emissão: 02-11-1921
Última emissão: 17-07-1931
Retirada de circulação: 31-12-1933
20$00 Escudos Ch. 3 José E. Coelho de Magalhães
Primeira emissão:02-11-1921
Última emissão: 02-10-1929
Retirada de circulação: 07-04-1931
1000$00 Escudos Ch. 1 Luís de Camões
Primeira emissão:02-11-1921
Última emissão: 08-12-1925
Retirada de circulação: 14-10-1927
50$00 Escudos Ch. 1 Passos Manuel
Primeira emissão:29-07-1922
Última emissão: 08-02-1928
Retirada de circulação: 07-04-1931
500$00 Escudos Ch. 1 João de Deus
Primeira emissão:26-09-1922
Última emissão: 28-02-1929
Retirada de circulação: 17-09-1929
500$00 Escudos Ch. 2 Vasco da Gama
Primeira emissão:14-02-1924
Última emissão: 17-10-1924
Retirada de circulação: 07-12-1925
50$00 Escudos Ch. 2 Anjo da Paz
Primeira emissão:28-03-1924
Última emissão: 26-02-1927
Retirada de circulação: 07-04-1931
1000$00 Escudos Ch. 2António Feliciano Castilho
Primeira emissão:28-03-1924
Última emissão: 22-12-1928
Retirada de circulação: 14-08-1931
2$50 Ch. 2 Mouzinho da Silveira
Primeira emissão:27-06-1925
Última emissão: 05-05-1932
Retirada de circulação: 31-12-1933
10$00 Escudos Ch. 3 Eça de Queiroz
Primeira emissão:13-10-1927
Última emissão: 04-03-1932
Retirada de circulação: 31-12-1933
20$00 Escudos Ch. 4 Marquês de Pombal
Primeira emissão:13-10-1927
Última emissão: 27-03-1932
Retirada de circulação: 27-07-1934
50$00 Escudos Ch. 3 D. Cristóvão da Gama
Primeira emissão:30-08-1928
Última emissão: 15-12-1931
Retirada de circulação: 27-07-1934
1000$00 Escudos Ch. 3 Oliveira Martins
Primeira emissão:05-04-1929
Última emissão: 24-02-1930
Retirada de circulação: 14-08-1931
5$00 Escudos Ch. 4 D. Álvaro Vaz de Almada
Primeira emissão:21-05-1929
Última emissão: 05-05-1932
Retirada de circulação: 31-12-1933
500$00 Escudos Ch. 4 Duque de Palmela
Primeira emissão:07-06-1929
Última emissão: 31-08-1934
Retirada de circulação: 27-03-1945
100$00 Escudos Ch. 4 Gomes Freire
Primeira emissão:20-08-1929
Última emissão: 16-03-1937
Retirada de circulação: 27-04-1945